Mais uma Escola
Mais uma entra na lista de Escolas que implementam o modelo de Auto-Avaliação CAF!É a Escola Secundária Miguel Torga que se situa em Queluz.
Ministra de Educação - Ranking das Escolas
Segundo a Ministra de Educação Drª Maria de Lurdes Rodrigues, as escolas são muito mais do que exames do secundário, têm uma enorme complexidade e riqueza e devem ser avaliadas sobretudo pela capacidade de liderança e de organização.
Realmente o facto das escolas serem apenas avaliadas como as "melhores" só pelos resultados dos exames nacionais é muito redutor, sendo que exclui automaticamente outras variáveis como a gestão escolar, liderança, a origem sócio-económica dos alunos, etc.
Esperemos que com a grande adesão das escolas a metodologias de avaliação como a CAF, o ranking de escolas através das notas dos exames nacionais termine ou então que este ranking tenha em consideração outras variáveis acima referidas....
Avaliação do Ministério de Educação
Saiu no site do ME documentos acerca da avaliação das Escolas: a Auto-Avaliação é fundamental para uma preparação da avaliação do ME e melhores resultados nesta avaliação.
A CAF é um modelo que abrange muitas das áreas da avaliação do ME, isto porque o modelo piloto do ME é baseado cinco domínios chave:
• Resultados educativos
• Prestação do serviço educativo
• Organização e gestão escolar
• Liderança
• Capacidade de auto-avaliação e de progresso da escola
A CAF avalia praticamente todas estas áreas como por exemplo a organização e gestão escolar, a liderança e a auto-avaliação.
Por exemplo uma das escolas piloto está a tentar começar a CAF e o próprio relatório diz que a escola poderá reforçar a sua capacidade de auto-avaliação, utilizando um modelo mais abrangente e sistemático de avaliação organizacional, que potencie ainda mais a gestão do seu desempenho organizacional, nas suas várias vertentes, no sentido da melhoria contínua.E falaram também da importância do benchmarking neste relatório que como sabe faz parte da CAF.
Escolas antecipam avaliação estatal e querem obter selo de qualidade - DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Algumas escolas, essencialmente secundárias, estão a ser avaliadas por consultores externos, antecipando-se ao processo de avaliação proposto pelo Ministério de Educação e cujo modelo deverá ser conhecido em Dezembro. O objectivo é melhorar o que está mal e exibir um selo de qualidade. Professores, funcionários, alunos e encarregados de educação, todos avaliam e são avaliados.
Os encarregados de educação das escolas secundárias receberam no final deste ano lectivo um questionário com uma escala de classificação de 1 a 4 sobre o grau de satisfação da escola dos filhos. Entre outros indicadores, inquiria-os sobre a divulgação do projecto educativo e os critérios de avaliação dos alunos, a relação entre o conselho executivo, professores e os estudantes e pais, ou a competência, criatividade e forma de comunicação dos docentes. Isto, além da apreciação sobre os apoios educativos, os horários e regras de funcionamento dos serviços, entre outros sectores escolares.
Os directores de turma explicaram aos pais que a escola estava a pedir uma avaliação externa para implementar o CAF (Estrutura Comum de Avaliação), um modelo de auto-avaliação criado com base nos critérios de excelência da EFQM (Fundação Europeia para a Gestão de Qualidade) para os organismos públicos conhecerem o seu desempenho. Ou seja, tanta polémica sobre a avaliação das escolas por parte dos pais e havia conselhos executivos que já o estavam a fazer voluntariamente. Os professores argumentam que não se trata de uma avaliação directa de cada docente.
"A avaliação dos pais é importante, mas eles também são avaliados. Por exemplo, um dos problemas que detectámos é que alguns encarregados de educação não vão às escolas. Este é um modelo de avaliação a 360 graus", explicam Melissa Marmelo e Sílvia Vicente, as consultoras que estão a aplicar o modelo de avaliação nas escolas, depois de o terem feito em organismos da função pública. Acrescentam não ter sentido resistência por parte de nenhum sector (obtiveram cerca de cem por cento de respostas), o que também "tem a ver com a forma como a avaliação é apresentada".
O CAF baseia-se, essencialmente, na avaliação dos processos de gestão das organizações públicas e segundo os critérios EFQM. Estes já são aplicados em muitas unidades de ensino europeias, nomeadamente na Euro-pa do Norte onde o sistema é obrigatório. O sucesso escolar e classificações dos alunos ou as faltas dos professores, por exemplo, não são tidos em conta nesta grelha de análise, embora Melissa e Sílvia digam que há uma resposta aberta e onde as pessoas podem fazer críticas. "Mas uma boa gestão vai sempre influenciar os resultados escolares", defendem.
Além disso, o modelo é adaptado à realidade escolar local e a cada estabelecimento de ensino, até para não repetirem os "erros do Ministério da Educação" de enviar circulares iguais para todas as escolas, quer estejam localizadas em grandes cidades ou numa freguesia do interior.
Os questionários são diferentes para cada escola e para cada um dos quatro grandes grupos que constituem a comunidade educativa, embora assentem em indicadores iguais. Há dois tipos de critérios: os que se reportam à forma como as actividades da escola são desenvolvidas, designadamente quanto à utilização dos recursos disponíveis, e os que avaliam o produto final das acções empreendidas, com utilização dos meios necessários para atingir os objectivos fixados para a escola.Há, ainda, uma grelha de auto-avaliação feita por um grupo representativo da escola. Conhecido o diagnóstico, são apresentadas as três principais melhorias a introduzir e preparado o processo de certificação a apresentar à Associação Portuguesa de Qualidade, a entidade que concede o selo.
"As escolas querem antecipar-se e prepararem-se para o modelo de auto-avaliação, até porque não sabem como se poderão avaliar", explicam as consultores. Sublinham que os órgãos directivos querem saber o diagnóstico da escola e obter o selo de qualidade, cada vez mais um elemento competitivo. Mas o processo custa cerca de dois mil euros e alguns irão ficar pela primeira etapa.
A Escola Secundária da Amadora foi uma das pioneiras a introduzir o sistema, entre as quais existe apenas uma escola privada, o Externato Cooperativo da Benedita. Juntaram-se-lhes as secundárias de Caneças, Leal da Câmara, Damião de Góis, José Gomes Ferreira, Pedro Nunes, da Ramada, da Mucana, Fonseca Benevides, a Básica Pedro Alenquer e a Escola Profissional Agrícola D. Dinis.
Auto-Avaliação nas Escolas
O êxito escolar não passa apenas pelo esforço dedicado dos professores e pelo espírito de missão dos órgãos de gestão das escolas. É necessário apostar em referenciais de excelência reconhecidos nacional e internacionalmente, que já tenham dado provas de estarem adaptados para a construção de uma gestão escolar de excelência, através de processos de melhoria contínua e de acordo com o ritmo possível de cada escola.
A CAF (Common Assessment Framework/Estrutura Comum de Avaliação) constitui um modelo de análise organizacional, baseado no modelo de Gestão de excelência da EFQM (European Foundation for Quality Management), que aplicado de forma contínua e sistemática, permite à Escola realizar um exercício de auto-avaliação.A auto-avaliação é um processo de avaliação interna, mas a intervenção de agentes externos revela-se fundamental para uma maior objectividade da avaliação, pois tem o distanciamento de um olhar externo.Com efeito, muitas escolas têm recorrido a consultores externos, com o saber técnico sobre avaliação, sistemas de gestão de qualidade, processos de melhoria contínua e trabalho de equipa. Temos implementado a CAF em várias escolas e são exemplo disso a Escola Secundária da Amadora, Escola Secundária de Caneças, Escola Secundária Leal da Câmara, Escola Secundária Damião de Goes, Escola Secundária José Gomes Ferreira, Escola Secundária IBN Mucana, Escola Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Fonseca de Benevides, Escola Básica de Pêro Alenquer, Escola Profissional Agrícola D.Dinis e o Externato Cooperativo da Benedita.
A auto-avaliação tem carácter obrigatório, definido na Lei nº 31/2002 de 20 de Dezembro, designada por “Lei do Sistema de Avaliação da Educação e do Ensino Não Superior”. A Lei não estabelece normas relativamente aos procedimentos de avaliação, mas formula a exigência de que estes se devem submeter “a padrões de qualidade devidamente certificados” (artº7).Para além das escolas com a implementação da CAF cumprirem esta Lei, a auto-avaliação também permite às escolas “gerir a pressão da avaliação externa institucional”, quer antecipando a identificação dos seus pontos fortes e áreas de melhoria, delineando as estratégias adequadas de melhoria, quer preparando a justificação/fundamentação das fragilidades identificadas pelos serviços de avaliação externa (Inspecção-Geral da Educação) e é um excelente instrumento de “marketing”, podendo divulgar os resultados junto da comunidade, contribuindo para o seu reconhecimento público.
Utilizando uma metodologia de auto-avaliação com a participação das partes interessadas das Escolas, nomeadamente Pessoal Docente e Não Docente, Alunos e Encarregados de Educação, a CAF permite uma reflexão profunda daquilo que a Escola é e quer ser, a definição de objectivos de melhoria sustentada, a escolha das estratégias mais adequadas, a revisão dos processos de trabalho, o aproveitamento das tecnologias como forma de colocar a Escola em casa dos alunos e a necessidade de ir ao encontro dos cidadãos que constituem a missão das Escolas: o Aluno e os seus familiares ou encarregados de educação.
A implementação desta metodologia de auto-avaliação implica a constituição de uma equipa de auto-avaliação constituída por elementos internos e externos. A equipa interna é constituída por elementos da escola que sejam representativos da comunidade educativa com conhecimentos profundos sobre a realidade da escola onde se inserem. A equipa externa é constituída por consultores externos para o apoio do processo de auto-avaliação. A implementação da CAF decorre de sucessivos trabalhos entre a equipa interna e externa de auto-avaliação, começando com a explicação intensiva do modelo a todos os grupos profissionais da Escola e aos elementos da equipa interna de auto-avaliação. Seguidamente, elabora-se os indicadores que permitem fazer a auto-avaliação da CAF, e construção dos respectivos questionários (Pessoal Docente, Pessoal Não Docente, Alunos e Encarregados de Educação), bem como de outros instrumentos para a auto-avaliação (por exemplo a Grelha de Auto-Avaliação).A elaboração do diagnóstico organizacional, é baseado no elementos acima referidos, com a definição de pontos fortes a sustentar e áreas de melhoria a desenvolver, com a respectiva média obtida pela Escola (escala de 0 a 5 da CAF). Além disso, são feitas as recomendações e calendarização dos projectos a realizar em conformidade com as prioridades definidas pelos Órgãos de Gestão da Escola (medidas de melhoria).Se a Escola quiser ir mais além do diagnóstico da situação actual e a implementação das medidas, poderá candidatar-se à certificação da EFQM (Committed to Excelence in Europe) que é concedida pela APQ (Associação Portuguesa da Qualidade).O reconhecimento pela EFQM, permitirá o orgulho dos profissionais da Escola em construir um estabelecimento escolar reconhecido, a nível nacional e europeu, como uma entidade pública “comprometida com a excelência” escolar e potenciadora de maior sucesso educativo e do seu importante papel de Cidadania. Face à abordagem sistémica adoptada, esse trabalho servirá também, para optimizar a gestão interna da Escola, potenciando a Liderança e Processos e melhorando o desenvolvimento das Pessoas e das estratégias escolares.